MINDELO CHORA DE MANSINHO A PERDA DO FILHO QUERIDO

A dor está estampada no rosto dos mindelenses que ainda não conseguiram digerir e assimilar a morte de Carlos Alhinho. O desaparecimento de “Godjaba”, como era conhecido pelos amigos mais íntimos, está a gerar uma grande tristeza por toda a ilha de São Vicente. O assunto é tema de conversa, praticamente em todos os lugares. As lágrimas vão-se soltando, o grito de dor pela perda há-de se soltar na certeza que São Vicente irá saber, nesta hora de dor, prestar sentida homenagem a um dos seus filhos que mais longe levou o nome de São Vicente e de Cabo Verde.
Mindelo, 31 de Maio - Em 1985 /86 Carlos Alinho chegou a orientar a selecção de Cabo Verde. Nessa altura a maioria dos jogadores convocados eram de São Vicente, sendo dez titulares do Derby. Alhinho e os convocados tiveram vários problemas na cidade da Praia onde vários santiaguenses se manifestaram contra a opção do treinador por jogadores do Mindelo. Em resposta os desportistas de São Vicente e não só responderam com uma manifestação pelas ruas da cidade do Mindelo em apoio a Carlos Alhinho e aos seleccionados
Biografia de Carlos Alhinho
In: www.portugalcaboverde.com
Iniciou a sua carreira na Académica do Mindelo (63/65) ingressando, com o intuito de prosseguir os estudos, na Académica de Coimbra (65/72). A sua primeira experiência num “grande” de Portugal foi no Sporting Clube de Portugal (72/75) onde foi vencedor de um campeonato nacional (73/74) e 2 Taças de Portugal. Envergou a camisola do Futebol Clube do Porto (75/76) e do Sport Lisboa e Benfica (76/77) onde foi também campeão nacional. Saiu para o Moellenbek (Bélgica) hoje FC Brussels em 77/78 regressando ao Benfica (78/82) onde venceu mais um campeonato e 1 Taça. Foi 20 vezes internacional por Portugal -15 pela Selecção A, 3 pela Selecção B e 2 pela selecção de Esperanças. Terminou a sua carreira no Portimonense e no Farense. Foi considerado o futebolista caboverdiano do século XX pelo COI-Comité Olímpico Internacional. Como treinador ostenta um currículo variado e vitorioso:
• No Académico de Viseu, onde foi campeão da II divisão (considerado treinador do ano nessa época), subindo à I divisão;
• No Penafiel, na I divisão portuguesa;
• Na Selecção de Angola, que levou à final do campeonato de África (96) permitindo-lhe ainda o melhor ranking até hoje (112º até 45º lugar) em 2000. Aqui foi também considerado treinador do ano;
• No Qatar onde treinou as melhores e maiores equipas do país;
• No Barhein a sua equipa venceu a Super Taça e foi finalista da Taça da Ásia. Subiu 89 lugares no ranking mundial;
• Em Marrocos treinou a equipa do Rei de Marrocos.
É o único instrutor dos PALOP credenciado pela CAF-Confederação Africana de Futebol. Em termos académicos cursou Engenharia Técnica Agrária e Educação Física e Desporto na Faculdade de Motricidade Humana.
Liberal